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Leishmaniose Canina

A Leishmaniose é uma doença infeciosa causada por um parasita protozoário (Leishmania infantum) e é transmitida por um flebótomo, um inseto muitas vezes confundido com o mosquito, mas mais pequeno. Esta doença pode afetar vários animais, incluindo o Homem, sendo por isso considerada uma zoonose.

A infeção canina é muito frequente em várias regiões geográficas dos países da Bacia Mediterrânica. Verifica-se, ainda, uma tendência de propagação para os países a Norte, devido, às alterações climáticas e ao crescente número de pessoas que viajam com os seus cães. Em Portugal, a doença é endémica em todo o território, embora algumas regiões apresentem uma prevalência mais elevada que outras, com uma prevalência média de cerca de 6% e em alguns distritos 17%. No entanto, como o país é pequeno e as distâncias curtas, qualquer deslocação pode significar um risco acrescido de contágio. 

Os cães infetados por leishmania podem não revelar sinais da doença, podendo levar meses e até anos, para manifestar algum sinal clínico. Os sinais de alerta mais comuns são: queda de pêlo, sobretudo à volta dos olhos, feridas nos bordos das orelhas, problemas de unhas e descamação. Em situações mais avançadas/complicadas podem surgir febre, perda de peso, atrofia muscular, inflamação dos gânglios, do fígado ou do baço e perda de sangue por via nasal.
De facto, os órgãos internos podem ser afectados, ocorrendo, por vezes, anemia, artrite, vasculite ou insuficiência renal grave, o que pode culminar na morte do animal.

É importante ter presente que não existe cura para a Leishmaniose Canina e que, mesmo quando o animal sobrevive, acaba por se tornar um doente crónico, que necessitará de um acompanhamento médico vitalício.

Existem diversos modos de prevenir a Leishmaniose Canina, mesmo sem sairmos de casa, existem medidas que podemos tomar para evitar a exposição dos nossos animais ao parasita em causa. Este conjunto de boas práticas passa por: minimizar o contato físico, mantendo os cães recolhidos ao entardecer e ao amanhecer – períodos em que os flebótomos estão mais ativos; utilizar inseticidas (sprays, spot-on, coleiras repelentes, etc.) e reduzir a intensidade luminosa em casa (os flebótomos voam na direção da luz) e devemos também evitar deixar portas e janelas abertas ou, em alternativa, usar redes mosquiteiras.

Em termos médicos, a prevenção pode fazer-se por meio de uso de antiparasitários específicos contra os flebótomos e através da vacina contra a Leishmaniose Canina.

Porém, o primeiro passo deverá ser investir num diagnóstico precoce! Antes de vacinar o seu cão, deverá levá-lo ao Veterinário para o submeter a testes e assegurar que este se encontra saudável.